20 setembro 2006

Não há coincidências II











Longe vão os tempos em que não havia internet nem televisão por satélite e em que as viagens ao estrangeiro eram privilégio de uma minoria. Nessa altura, era fácil copiar uma campanha ou um artigo de opinião estrangeiros (entre outras coisas) sem que ninguém desse por nada e, com isso, fazer grandes brilharetes por cá (estou a lembrar-me, a propósito, de uma crónica hilariante de Miguel Esteves Cardoso, algures no início dos anos 80 – essa e outras reunidas mais tarde no Escritica Pop - em que ele dizia que era muito fácil ser crítico musical em Portugal: bastava ir a Londres, comprar o New Musical Express e, digamos assim, fazer uma tradução).

Hoje, felizmente, as coisas são muito diferentes e a informação está à distância de um click no Google; o que, como se vê pelas fotos acima, é uma grande maçada para quem se acha mais esperto que os restantes mortais. Mais, com o surgimento da blogosfera - que é precisamente onde andam a maior parte desses maçadores cujo único objectivo é chatear os outros – a circulação de informação e de opiniões tornou-se mais rápida e, porque é livre (ou seja, não tem que responder perante a administração), mais eficaz; de tal forma que os próprios jornais começam a dar atenção ao que por lá se escreve, just in case

Por tudo isto, parabéns ao Destaques a Amarelo, que descobriu a fonte inspiradora da campanha da Super Bock, e ao Meios & Publicidade*, que divulgou a descoberta.

* Ao contrário do que se escreve no jornal, o blogue em causa não é "anónimo" e, por isso, a questão da "desigualdade entre os blogs e as agências" (porque o anonimato defende os primeiros) não se coloca.

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