27 dezembro 2005

Aniversário


O Embirrante faz hoje um ano!

23 dezembro 2005

Mesa às escuras


Qualquer dia teria que acontecer... a minha página de alojamento já está cheia, pelo que não consigo publicar as fotos para a "mesa de mistura" e, sem as ditas, digamos que se perde um pouco o encanto!

Desta forma, a mesa fica adiada por uma ou duas edições (ena, dito assim até parece uma coisa séria!) e volta no início de 2006, com as novidades e nostalgias do costume. Até lá!

16 dezembro 2005

Mesa de mistura (35)




Conhecer Keren Ann, Nolita
Revisitar Until the end of the world (ost) (1991)
Ouvir sempre Radiohead, The Bends (1995)

04 dezembro 2005

Bola de cristal


Ainda o ano não acabou e, na edição do Expresso deste fim de semana (suplemento de economia), já podemos ler o que se vai passar em 2006; até aqui tudo bem, não fosse o facto do texto rezar assim:

"[em baixa] Manuel Pinho: não é provável que sobreviva à remodelação que José Sócrates vai apresentar a Cavaco Silva na próxima Primavera.(...)".

Apresentar a quem?

Mesa de mistura (34)*




Conhecer Enrico Rava, Stefano Bollani, Paul Motion, Tati
Revisitar Lee Konitz, Dig, Dug, Dog (2001)
Ouvir sempre Oscar Peterson, Live at the Salle Pleyel (1997)

* Jazz, para variar!

25 novembro 2005

Mesa de mistura (33)




Conhecer Destroyer, Your blues*
Revisitar Spandau Ballet, Diamond (1982)
Ouvir sempre Bjork, Vespertine (2001)

* o disco é de 2004 mas só agora foi editado em Portugal.

23 novembro 2005

Pela positiva



"Venho falar-vos de um livro de receitas para crianças, que acabou de ser editado através da editora Sopa de Letras, pela Acreditar - Associação de Pais e Amigos das Crianças com Cancro. Está à venda directamente na Acreditar (R. Prof. Lima Basto, nº 73, frente ao IPO) ou nas livrarias [custa 15 Euros]. Não deixem de o comprar para oferecer aos vossos filhos, sobrinhos, afilhados, primos, e amigos... e ao mesmo tempo ajudarem uma boa causa.

Se puderem, divulguem a familiares e amigos.
Obrigada a todos"

Recebido via e-mail. Porque as boas causas merecem ser divulgadas.

18 novembro 2005

Mesa de mistura (32)




Conhecer Nine Horses*, Snow borne sorrow
Revisitar Primal Scream, Screamadelica (1991)
Ouvir sempre Suzanne Vega, Suzanne Vega (1985)

* um projecto de David Sylvian, Steve Jansen e Burnt Friedman, com as colaborações de Ryuichi Sakamoto e Stina Nordenstam, entre outros.

11 novembro 2005

Mesa de mistura (31)




Conhecer Devendra Barnhart*, Cripple Crow
Revisitar Devo, Freedom of choice (1980)
Ouvir sempre Eels, Beautiful freak (1996)

* para os saudosistas do flower power, amanhã, na Aula Magna.

10 novembro 2005

Sim, sim, que o povo adora mártires...


A iluminada Ana Gomes, ontem:

"Tomem nota: Paulo Pedroso vai ser um dia Primeiro Ministro de Portugal".

No comments...

05 novembro 2005

Mesa de mistura (30)




Conhecer CocoRosie, Noah's Ark
Revisitar Pearl Jam, Ten (1991)
Ouvir sempre The Doors, Morrison Hotel (1970)

04 novembro 2005

Back in business


Vem uma pessoa de férias cheia de energia e eis que a Telepac resolve ter (mais) um problema nas páginas de alojamento que me impede de publicar a mesa de mistura de hoje... mas enfim, pode ser que o dito se resolva entretanto.

Confesso que ainda não aterrei devidamente na realidade portuguesa mas, do pouco que já vi e ouvi, parece-me que, infelizmente, continua tudo na mesma: as discussões estéreis (como, por exemplo, ser ou não ser político profissional: eis a questão), a função pública com as queixas do costume (agora não querem o contrato individual de trabalho porque, dizem eles, o trabalho na coisa pública, quando comparado com o privado, é especial; para mim - que já lá trabalhei e, portanto, sei do que falo - o contrato colectivo de trabalho (CCT) não é mais do que uma forma de premiar a incompetência, o desleixo, o deixa andar que não é por me esforçar mais que vou ser promovido; ao assumir que duas pessoas com a mesma formação e na mesma função são rigorosamente iguais, o CCT nivela as competências por baixo porque, obviamente, ninguém encontra qualquer razão para querer fazer mais e/ou melhor; é da natureza humana, temos pena!), a chuva que já fez subir barragens mas que ainda não chega, pobres de nós!...

Porém, algo de verdadeiramente diferente aconteceu: a MTV esteve ontem em Lisboa para entregar os prémios relativos à música que se faz na Europa (quanta honra, Lisboa já é, oficialmente, uma capital europeia!). No entanto, de Portugal tivémos apenas o Figo e o Nuno Gomes (mas estes não são do futebol?) e uns meros 15 segundos de fama (o tempo de subir e descer do palco) para o grupo (The Gift) que recebeu o prémio de melhor banda portuguesa. Segundo a organização, Portugal não tem nenhuma banda com qualidade que lhe permita actuar para uma tão vasta audiência... Ora, a ser assim, o que estavam lá a fazer as bandas e demais espectadores portugueses? Porque é que o pessoal não aproveitou para boicotar tudo aquilo, simplesmente não aparecendo? Plateias às moscas, teria sido lindo! Não, não se trata de nenhum nacionalismo bacoco (o que até seria fácil, a avaliar pela quantidade de lixo que a MTV nos despeja em casa), nem sequer de uma questão de justiça (o que até nem seria mal pensado!) mas, convenhamos, como é que é possível levar um xuto destes e não dizer nada?

09 outubro 2005

Até logo!


O embirrante vai estar em off durante algum tempo, no duplo sentido: porque não vou estar disponível para postar e porque acredito que, no local onde estarei, me ocorrerá tudo menos embirrar.

No entanto, e ainda antes de encostar a porta, uma última nota para as eleições de hoje: temos pena. Aliás, qualquer que tivesse sido o resultado (possível) para Lisboa, teríamos pena. Pena por saber antecipadamente que a vitória só seria discutida entre os dois piores candidatos; pena porque, e consequentemente, a vitória de um ou de outro significaria a derrota de Lisboa.

Resta-me esperar que o estrago a que a cidade estará sujeita nos próximos quatro anos não seja irremediável.

23 setembro 2005

Sair e voltar a entrar


Era (apenas) a solução milagrosa criada pelos informáticos para resolver todos os problemas. Agora passou a ser também o melhor método para todos quantos queiram livrar-se de prisões e afins. Não falha.

Mesa de mistura (29)




Conhecer Depeche Mode, Playing the angel
Revisitar The Human League, Dare! (1982)
Ouvir sempre Everything but the Girl, Eden (1984)

20 setembro 2005

E as sondagens, senhores?


Ou sou seu que ando muito distraída e, por isso, deixei escapar as sondagens mais recentes sobre as autárquicas (sobretudo no que respeita à Câmara de Lisboa) ou então há qualquer coisa que está a impedir os media de as fazerem ou divulgarem.

Uma sondagem é sempre um bom tema de capa (e/ou de abertura de telejornais, se não houver nenhum jogo de futebol nesse dia); imagine-se: “Sá Fernandes destacado à frente, com mais 20% das intenções de voto que Carrilho” ou então, “Nogueira Pinto bate Carmona Rodrigues, Carrilho atrás de Ruben de Carvalho e dos indecisos”.

Por outro lado, e ao nível interno, uma sondagem é um instrumento excelente para, entre outras coisas, afinar estratégias de campanha. Mais ainda (e tanto quanto sei), nenhuma empresa de estudos de mercado dedicada à realização de sondagens eleitorais fechou as portas este ano por falta de trabalho, antes pelo contrário...

Resta-me então pensar (admito, especular) que as sondagens existem, o problema são os resultados.

16 setembro 2005

Grau zero


O debate entre Carmona Rodrigues e Manuel M. Carrilho não podia ter sido pior.

Carmona não passa de uma versão melhorada de Santana Lopes (digamos que parece menos imbecil), mas desengane-se quem achar que ele consegue aprofundar alguma questão. Carrilho é intratável, birrento e mesquinho; é uma criança mal educada (aliás, pareceu-me ouvi-lo dizer algures "nha-nha-nha, nha").

Pior, ambos sofrem do síndroma "sou-mesmo-engraçado-não-sou?", como o provam as piadinhas básicas constantes, seguidas de um olhar de esguelha para o apresentador a ver se este se riu.

Inacreditável.

Não fossem as respectivas máquinas partidárias a recolher os votos e queria ver como é que, alguma vez na vida, algum destes senhores teria hipótese de ser eleito para gerir o que quer que fosse, ou representar quem quer que seja.

Direito (des)adquirido


Num debate ontem sobre o referendo ao aborto, uma deputada do PS defendia a sua realização porque, entre outras coisas, os portugueses tinham direito a um referendo. Ora, parece-me que há aqui uma pequena confusão de linguagem: de facto, os portugueses tiveram direito a um referendo sobre o aborto mas, como todos nos lembramos, trocaram esse direito por um fim de semana alargado na praia. E, como se tratou de uma troca consciente e voluntária, esgotou-se ali mesmo. Temos pena.

Ao não participarem no referendo, os portugueses devolveram aos deputados o poder que lhes tinha sido oferecido; desta forma, agora é a Assembleia da República quem deve decidir (seja em que sentido for). Convenhamos, é completamente ridículo repetir referendos ad eternum até que um deles seja vinculativo. Os portugueses não só não têm direito a um novo referendo como nem sequer o merecem.

Mesa de mistura (28)




Conhecer Acid House Kings, Sing along with...
Revisitar Richard Ashcroft, Alone with everybody (2000)
Ouvir sempre Nitin Sawhney, Beyond Skin (1999)

P.S. A Mesa de mistura esteve em off durante uma semana devido a problemas com a Telepac, que me impediram de colocar as fotos...

08 setembro 2005

Definição para um país pequeno


Um país pequeno é aquele que faz da implosão de duas torres abandonadas um acontecimento nacional, com transmissão em directo e dezenas de repórteres no local (hum, mesmo a calhar, agora que já se acabaram os fogos!).

Um país muito pequeno é aquele que tem o primeiro-ministro, himself, a presidir à implosão.

02 setembro 2005

Mesa de mistura (27)




Conhecer Death cab for cutie, Plans
Revisitar The Police, Synchronicity (1983)
Ouvir sempre Thievery Corporation, The mirror conspiracy (2000)

26 agosto 2005

Mesa de mistura (26)*




Conhecer Mia Doi Todd, Manzanita
Revisitar Sia, Colour the small one (2004)
Ouvir sempre Beth Gibbons & Rustin Man, Out of Season (2003)

* no feminino

19 agosto 2005

Mesa de mistura (25)




Conhecer The John Butler Trio, Sunrise over sea
Revisitar Fiona Apple, When the pawn (1999)
Ouvir sempre Cowboy Junkies, The Trinity session (1988)

12 agosto 2005

Mesa de mistura (24)




Conhecer Editors, The back room
Revisitar The Cure, Kiss me, Kiss me, Kiss me (1987)
Ouvir sempre Nick Drake, Pink moon (1972)

09 agosto 2005

Chove copiosamente


Que seja então a natureza a fazer aquilo que o homem não consegue: apagar o fogo que nos consome o país e a alma.

Bem-haja!

08 agosto 2005

Todos nós temos António Variações na voz






60 mil pessoas no Festival do Sudoeste a cantarem, em uníssono, "Maria Albertina". 60 mil pessoas a gritarem "Vou viver". Se a perfeição existe, então registe-se que este foi um concerto perfeito. Empatia, entrega, emoção. Deles e nossa.

Obrigada, Humanos.

05 agosto 2005

Mesa de mistura (23)*




Conhecer Garden State
Revisitar Vanilla Sky (2001)
Ouvir sempre Lost in Translation (2003)

* Só bandas sonoras, para variar um pouco, e porque valem mesmo a pena: Zero 7, Nick Drake, Iron & Wine (Garden State), Jeff Buckley, Radiohead e Sigur Rós (Vanilla Sky) e Air, My Bloody Valentine e The Jesus & Mary Chain (Lost in Translation), entre muitos outros.

29 julho 2005

Serviço Público II


Só pode ser uma razão muito próxima daquilo que comummente se entende por serviço público a que leva Mário Soares a candidatar-se a Presidente da República. A não ser por essa nobre razão, teríamos de admitir que se trata apenas de uma forma de a) puxar o tapete a Manuel Alegre b) assumir que os iluminados do PS (leia-se: o desejado Vitorino ou o apaziguador Guterres, entre outros), quando toca a vestir a camisola do país, fogem que nem tordos ou c) manifestar a sua imensa vaidade, considerando-se a si próprio como o Salvador da Pátria.

De facto, e por mais que tente, não consigo perceber o que terá levado Sócrates a declarar, repentina e inesperadamente, o seu apoio a Soares; ao mesmo Soares para quem Sócrates "personifica(va?) o que o Guterrismo teve de pior", ao mesmo Soares que, há escassos meses, disse que a hipótese de uma candidatura sua à Presidência da República era, no mínimo, "redícula*" e "não fazia sentido nenhum".

Tinha razão, não faz sentido nenhum. O Portugal de Soares (da democracia imberbe, da adesão à CEE, da subsídio-dependência) não só já não existe como ninguém o quer de volta. Espero que alguém lhe diga, em bom tempo, que em política não há pessoas insubstituíveis. Temos pena.

* está propositadamente errado. Foneticamente, é assim que Soares pronuncia a palavra "ridículo".

Serviço Público I


O assunto é recorrente, mas... de volta ao zapping do sofá, páro na RTP1 e no concurso "Um contra todos": a pergunta refere-se ao local onde foi assinado o tratado que instituiu a CECA (Comunidade Europeia do Carvão e do Aço) que, segundo o dito concurso, foi a organização percursora da UE (União Europeia). Leio segunda vez, à espera de encontrar "precursora", mas não. Fiquei então a saber que a CECA, ao invés de ter precedido a UE, a percorreu.

Estamos sempre a aprender, é o que é!

Mesa de mistura (22)




Conhecer Hanne Hukkelberg, Little things
Revisitar Prefab Sprout, Steve McQueen (1985)
Ouvir sempre This Mortal Coil, It'll end in tears (1984)

08 julho 2005

Volto já!


Mesa de mistura (21)




Conhecer Belle & Sebastian, Push barman to open old wounds
Revisitar Happy Mondays, Pills Thrills & Bellyaches (1990)
Ouvir sempre Depeche Mode, Songs of faith and devotion (1993)

07 julho 2005

A realidade e a ficção


No dia em que estreia "A Guerra dos Mundos" em Portugal, ouço na rádio que estão bombas a rebentar em Londres e fico sem saber se se tratará de mais uma emissão fictícia à la Orson Welles ou se será mesmo a realidade.

Nos dias que correm, começa a ser cada vez mais difícil distinguir entre uma coisa e outra: por um lado, damos por nós a olhar para imagens reais com a indiferença típica de quem assiste todos os dias a atentados, pessoas a morrer à fome, cargas policiais e realidades afins; por outro, vamos ao cinema e saímos de lágrima ao canto do olho e nó na garganta. Há aqui qualquer coisa que não bate certo.

01 julho 2005

Mesa de mistura (20)




Conhecer Micatone, Nomad songs
Revisitar Talk Talk, It's my life (1990)
Ouvir sempre Jeff Buckley, Sketches for my sweetheart the drunk (1998)