30 janeiro 2006

Triste Alegre


Já tinha desistido de escrever um post sobre os resultados de Manuel Alegre e, sobretudo, o facto deste não ter ainda percebido que aquele milhão e tal de votos foram mais votos contra qualquer coisa (a qual os respectivos votantes nem chegaram a saber muito bem o que era) que propriamente votos no candidato.

Acresce, ainda, que os votos para as presidenciais se esgotam com a eleição. Ponto. Não valem nem cadeiras no parlamento nem mesas em qualquer outra parte. Como se diz agora, valem o que valem (o que, neste caso, é nada: os segundos lugares são iguais aos terceiros que são iguais aos quartos que são iguais aos quintos...). Sendo assim, não percebo o que anda esta gente (Inêses Pedrosas, Alegres himselfs e quejandos) a fazer em reuniões para criar pseudo-movimentos de cidadania.

Et voilá!, foi precisamente por isso que desisti de desistir e, afinal, escrevo o post: Alegre, o cidadão, acaba de apresentar uma baixa fradulenta (chamemos as coisas pelos nomes, que diabo!) que o impede de ir trabalhar durante 15 (15!) dias, mas que não o impede de participar nas suas reuniões. Portanto, o homem que está acima dos partidos (mas que é funcionário de um há 30 anos) e que é vice-presidente da Assembleia da República, dá este exemplo fantástico de cidadania.

Caro Alegre: movimentos com cidadãos assim, não vale a pena. Não insista.

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