11 janeiro 2005

Santana "Calimero" Lopes

Decididamente, a estratégia de Santana Lopes é a da vitimização; primeiro foi a incubadora, depois a ambulância, as facadas nas costas e, last but not least, Cavaco... só assim se justifica o "contra ventos e marés" (que, ainda por cima, é infeliz face ao contexto mundial actual), um verdadeiro apelo ao sentimento luso da pena. A saber: coitado, ele tinha tantas ideias, mas depois veio o vento... coitado, ele tinha tanta vontade de mudar o país e fazer obra, mas as marés traiçoeiras... coitado, vamos lá dar uma hipótese ao rapaz, assim como assim...

A este propósito, atente-se na reacção de Santana face ao episódio das "férias" de Morais Sarmento. Ao invés de tentar justificar a situação, preferiu colocar o seu melhor ar pesaroso e lacrimejante para admitir que o assunto era incómodo... (leia-se: que era mais uma facada). Temos Calimero, está visto!

A estratégia da vitimização tem ainda outra vantagem: Santana desresponsabiliza-se das trapalhadas que criou e da situação em que deixa o país já que, em bom rigor, uma vítima nunca tem culpa.

No entanto, ao afirmar que se candidata "contra ventos e marés" (ou seja, contra tudo e contra todos), Santana esqueceu-se de explicar, afinal, por quem é que se candidata... se a oposição começa precisamente dentro do PSD, quem é que resta a Santana?

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