Fui com a curiosidade de quem gosta de JP Simões, mas não (ainda) tanto que tenha sequer comprado o 1970. Sabia das letras excelentes, da forma intimista de cantar e tocar, da influência assumidíssima da Bossa Nova ("os Brasileiros estão sempre a roubar-me as ideias... 20 anos antes"), da inquietação do José Mário Branco, da minha geração. Fui assim. E vim rendida a um JP Simões que fala (imenso, e ainda bem!) num registo pseudo-tímido de avanços e recuos, de quem quer dizer tudo mas... talvez seja melhor não.
No fim do concerto, sai da sala e volta 30 segundos depois, para o encore: "se calhar devia ter esperado um bocadinho mais, não?".