21 junho 2007

Debate? Qual debate?


Só ontem tive oportunidade de ver o debate entre parte dos candidatos à CML. Fraquinho, muito fraquinho.

António Costa pareceu-me seguro enquanto falou mas, por outro lado, era melhor que nunca o tivessem mostrado nos "intervalos". Que ar de rei pasmado era aquele? Um sorrisinho de quem já se considera vencedor? Não percebi.

Helena Roseta tem boas ideias e é, seguramente, uma pessoa honesta, mas a postura de "vamos fazer uma junta de salvação nacional" é completamente utópica. Depois (off topic), aquele fato verde com uma flor a esvoaçar na lapela não lembraria ao diabo. Ninguém do seu staff lhe disse que aquilo desvia a atenção dos espectadores, que acabam por se fixar na flor e não nela?

Para Sá Fernandes confesso que já não tenho pachorra; "eu fiz", "eu disse", "eu isto e aquilo". Ideias, que é bom de ver, nenhuma. É mais fácil apontar do que fazer, claro.

Ruben de Carvalho esteve sempre num tom excessivo, de quem está zangado com o mundo e se acha dono da razão (o remate insuportável de todas as frases com "não é?" prova isso mesmo). Mais, bocas como a das "luvas" foram, literalmente, foleiras.

Telmo Correia picou-se demasiado com Sá Fernandes, quando o seu alvo deveria ter sido António Costa. Ainda assim, e depois daquele cartaz medonho em que aparece ladeado pelo Ken, a Barbie, a Avozinha e o Nobre Guedes de esguelha (a fugir da Avozinha), confesso que esperava pior.

Carmona Rodrigues continua o verdadeiro idiota-optimista.

Sobre Fernando Negrão… digamos que tive pena de Marques Mendes, ao imaginá-lo na sede do PSD à procura de uma corda para se suicidar. O homem é muito, muito mau!... Era preferível que tivesse inventado uma súbita afonia, qual Jerónimo, e zarpasse. Não teria perdido tantos votos. A confusão com Setúbal, a ideia inacreditável dos parques (assim mesmo, vários!) de estacionamento na baixa, a internet para todos (?!?) e, no fim, a forma como repetiu a pergunta "uma ideia para Lesboa?", como se a jornalista tivesse dito que lhe ia extrair um rim, foi demasiado penosa.

Conclusão da noite: a Zézinha (é que) faz falta.

P.S. O Museu da Electricidade é fabuloso e, como tal, fica bem na fotografia. Mas, senhores, aquilo não tem acústica para debates! Parece que estão todos a falar no fundo de um poço e basta que se virem para o lado para deixarem de se ouvir. Com tanto sítio (igualmente) bonito em Lisboa…

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