É certo que já não se espera muito (ou mesmo nada) de Luis Filipe Menezes... Mas esta notícia da sua candidatura pelo círculo de Braga faz-me reflectir de novo na questão dos candidatos paraquedistas. Em vez de se escolher o mais qualificado para representar o respectivo círculo na Assembleia da República, escolhe-se aquele que poderá arrecadar mais votos para o partido. Tão-só. Conhecer o círculo, as pessoas, as necessidades, cumprir o mandato caso seja eleito são coisas de somenos.
O senhor acima admite mesmo que o (seu) cumprimento do mandato depende do "quadro político que se seguir às legislativas". Por outras palavras, conforme o partido que ganhar, conforme os amigos e inimigos com os quais terá que partilhar o poder, conforme o que lhe apeteça fazer em relação a Gaia (já assegurou que será de novo candidato), conforme qualquer coisa. Menos Braga, claro. E o problema maior é que nem Luis Filipe Menezes nem o PSD estão sozinhos; a tentação do voto fácil atinge todos os partidos. Assim, é difícil acreditar que Portugal seja algum dia um país "crescido".
1 comentário:
Isto só acontece porque o povo que habita este bocado de terra olha para politica como o futebol (ou será ao contrário?). Uma vez laranja, azul, rosa, vermelho, às riscas sempre laranja, azul, rosa, vermelho, às riscas.
É que a ausência de cultura são se mede só pelas grelhas televisivas. Mas ... estou a falar de cultura?? O que é isso? :-)
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