29 maio 2007

It's been such a long time*


" (...)
I don’t know how to do lyrics yet
(like finding a meter, doing lines in that meter
then chorus, then lines in that meter, then chorus…)
songs just come out of poems
and sometimes poems come out of dreams
or reality
or something I wanna say.
(…)
But mostly is what my heart wants to say…

What do I want people to get from my music?
Whatever they want...
Whatever you like."




Jeff Buckley
(17.11.66 / 29.05.97)

* da letra de "What will you say".

25 maio 2007

Da inteligência


O slogan do PSD para estas autárquicas é Lisboa a sério. Muito bom. Aliás, digo mais: muito bom. Daqui retiro, portanto, que os últimos 6 anos - da responsabilidade do mesmíssimo PSD - foram a brincar.

Bem me tinha parecido.

24 maio 2007

Detesto musicais (i)


E, no entanto, gosto quando a música entra em cena, quando interfere na história, quando se serve dos personagens para contar a sua própria história. Como neste caso, com Nanni Moretti (em Caro Diario, 1994) rendido a Silvana Mangano (no filme Anna, de 1951).

Silvana "interpreta" El Negro Zumbon: é ela quem vemos na imagem, embora a voz seja de Flo Sandon's (que começou assim a sua carreira como cantora).

Que levante a mão quem conseguiu resistir a cantarolar "...tengo gana de bailar el nuevo compás...".


11 maio 2007

09 maio 2007

Importa-se de (não) repetir?


Ontem à noite, em zapping pela televisão, dou com o início de um debate na Sic Notícias a propósito do desaparecimento da criança Inglesa no Algarve (que os pais deixaram sozinha em casa, by the way, mas isso agora não interessa nada); a jornalista (Ana Lourenço) pergunta a um dos convidados (que não percebi quem era, mas tinha cara - e fatiota - de jurista) como é que os jornalistas podem conjugar o cumprimento do segredo de justiça imposto pelas autoridades e o "dever" de informar as pessoas.

O senhor começa por dizer qualquer coisa à laia de introdução e, depois, como contraponto deste caso, refere-se a um outro, passado no Brasil, em que todas as investigações foram seguidas pelos jornalistas (e emitidas praticamente em directo para a populaça).

Dizia o senhor assim: "(...) no Brasil, no caso dos acimentados, os jornalistas (...)". WHAT???? "no caso dos acimentados"???? E ninguém mandou o homem embora dali, logo naquele momento? Confesso que fiquei petrificada durante alguns momentos... é incrível como alguém se refere a um caso dramático de homicídio como se estivesse a falar do "Apito Dourado" ou da "Operação Páscoa Segura". Além do evidente mau gosto, é de uma falta de respeito atroz.

O facto de vermos imagens de atrocidades todos os dias não pode desvalorizar a atrocidade em si. Uma atrocidade é uma atrocidade é uma atrocidade. Ponto. Haja decência.

Nota: já agora, e tanto quanto sei, o verbo "acimentar" não existe. Mas isso é toda uma outra conversa.

04 maio 2007

Câmara ardente


A propósito desta cena inenarrável entre Carmona Rodrigues e Marques Mendes lembrei-me do filme The Departed (que por cá recebeu o oportuno nome de Entre inimigos) e, particularmente, de um pequeno diálogo que, adaptado aos dois personagens em causa, daria qualquer coisa como:

Carmona: who the fuck are you?
Mendes: I'm the guy who does his job. You must be the other guy.