26 junho 2007

FernanDah Negrão


Agora tenho a certeza: os sublinhados no cartaz do Negrão foram a única forma que a chafari..., perdão, a agência de comunicação encontrou para que o próprio conseguisse perceber o trocadilho.

E depois admiram-se que o homem não saiba a diferença entre Epul, Epal e Ippar. Tss, tss...

25 junho 2007

Não há coincidências


Pois não há. Mas confesso que ver a Marília Gabriela (que, tanto quanto me é dado a "conhecer", estimo) no Palavras Soltas a debitar elogios ao novo livro do Agualusa (supostamente o livro que ela escolheu mostrar porque o leu, porque gostou, porque a marcou ou whatsoever) e, um dia depois, na festa de lançamento do dito livro, me irritou um bocado. É a lógica do mercado, eu sei, não há almoços grátis, blá, blá blá, mas, bolas, um pouco de espontaneidade, de verdade, de genuinidade, é pedir demais? Estou farta do mercado, que se lixe o mercado.

21 junho 2007

Debate? Qual debate?


Só ontem tive oportunidade de ver o debate entre parte dos candidatos à CML. Fraquinho, muito fraquinho.

António Costa pareceu-me seguro enquanto falou mas, por outro lado, era melhor que nunca o tivessem mostrado nos "intervalos". Que ar de rei pasmado era aquele? Um sorrisinho de quem já se considera vencedor? Não percebi.

Helena Roseta tem boas ideias e é, seguramente, uma pessoa honesta, mas a postura de "vamos fazer uma junta de salvação nacional" é completamente utópica. Depois (off topic), aquele fato verde com uma flor a esvoaçar na lapela não lembraria ao diabo. Ninguém do seu staff lhe disse que aquilo desvia a atenção dos espectadores, que acabam por se fixar na flor e não nela?

Para Sá Fernandes confesso que já não tenho pachorra; "eu fiz", "eu disse", "eu isto e aquilo". Ideias, que é bom de ver, nenhuma. É mais fácil apontar do que fazer, claro.

Ruben de Carvalho esteve sempre num tom excessivo, de quem está zangado com o mundo e se acha dono da razão (o remate insuportável de todas as frases com "não é?" prova isso mesmo). Mais, bocas como a das "luvas" foram, literalmente, foleiras.

Telmo Correia picou-se demasiado com Sá Fernandes, quando o seu alvo deveria ter sido António Costa. Ainda assim, e depois daquele cartaz medonho em que aparece ladeado pelo Ken, a Barbie, a Avozinha e o Nobre Guedes de esguelha (a fugir da Avozinha), confesso que esperava pior.

Carmona Rodrigues continua o verdadeiro idiota-optimista.

Sobre Fernando Negrão… digamos que tive pena de Marques Mendes, ao imaginá-lo na sede do PSD à procura de uma corda para se suicidar. O homem é muito, muito mau!... Era preferível que tivesse inventado uma súbita afonia, qual Jerónimo, e zarpasse. Não teria perdido tantos votos. A confusão com Setúbal, a ideia inacreditável dos parques (assim mesmo, vários!) de estacionamento na baixa, a internet para todos (?!?) e, no fim, a forma como repetiu a pergunta "uma ideia para Lesboa?", como se a jornalista tivesse dito que lhe ia extrair um rim, foi demasiado penosa.

Conclusão da noite: a Zézinha (é que) faz falta.

P.S. O Museu da Electricidade é fabuloso e, como tal, fica bem na fotografia. Mas, senhores, aquilo não tem acústica para debates! Parece que estão todos a falar no fundo de um poço e basta que se virem para o lado para deixarem de se ouvir. Com tanto sítio (igualmente) bonito em Lisboa…

13 junho 2007

Da inteligência (ii)


Além de Marques Mendes e Marques-Dia-do-Cão-Guedes, não estou a ver, assim de repente, a quem mais é que isto possa interessar:

(Retirado do site oficial da candidatura de Fernando Negrão à CML. Juro. É verdade.)

11 junho 2007

O slow que veio do frio


Embora pareça, não vou falar de GNR. Mas [confesso que gosto imenso deste Slow, da voz arrastada do Rui Reininho de outros tempos a cantar oh-oh, dá-me uma volta, aperta-me...] lembrei-me deste título a propósito de Hanne Hukkelberg, uma Norueguesa misto de Feist meets Psapp meets Joanna Newsom sem harpa, que vai estar esta sexta-feira no Lux a mostrar o que andou a fazer durante os últimos meses, no nº 68 da Rykestrasse, em Berlin.

A primeira amostra pode ser vista e ouvida aqui ao lado.

04 junho 2007

Sinergias publicitárias


Perfeito, perfeito, era o Millenium BCP usar a sua campanha “Jovens com asas” para pôr os casalinhos de galinhas do Bruno Nogueira e as meninas trim-trim a voarem para outra galáxia. Parecendo que não, facilitava.

Quando a alma não é pequena


Os Dead Combo continuam a provar (a quem ainda não sabia) que são das bandas portuguesas mais interessantes da actualidade (ou, arriscaria, a banda). Já tinha falado deles aqui, mas o concerto da passada sexta-feira na ZdB obriga-me a fazê-lo outra vez. Até à próxima vez.

Ao lado, o tema que dá nome ao último álbum (de 2006) e a este post.

01 junho 2007

Gostei


Mas, depois daquela performance fantástica - o homem é o homem e o seu violino - para o tema "Why?", fiquei a desejar que a sala encolhesse e que os outros, baterista e guitarrista, se eclipsassem. Tal não aconteceu, foi pena.


Foto: Blitz