23 setembro 2005

Sair e voltar a entrar


Era (apenas) a solução milagrosa criada pelos informáticos para resolver todos os problemas. Agora passou a ser também o melhor método para todos quantos queiram livrar-se de prisões e afins. Não falha.

Mesa de mistura (29)




Conhecer Depeche Mode, Playing the angel
Revisitar The Human League, Dare! (1982)
Ouvir sempre Everything but the Girl, Eden (1984)

20 setembro 2005

E as sondagens, senhores?


Ou sou seu que ando muito distraída e, por isso, deixei escapar as sondagens mais recentes sobre as autárquicas (sobretudo no que respeita à Câmara de Lisboa) ou então há qualquer coisa que está a impedir os media de as fazerem ou divulgarem.

Uma sondagem é sempre um bom tema de capa (e/ou de abertura de telejornais, se não houver nenhum jogo de futebol nesse dia); imagine-se: “Sá Fernandes destacado à frente, com mais 20% das intenções de voto que Carrilho” ou então, “Nogueira Pinto bate Carmona Rodrigues, Carrilho atrás de Ruben de Carvalho e dos indecisos”.

Por outro lado, e ao nível interno, uma sondagem é um instrumento excelente para, entre outras coisas, afinar estratégias de campanha. Mais ainda (e tanto quanto sei), nenhuma empresa de estudos de mercado dedicada à realização de sondagens eleitorais fechou as portas este ano por falta de trabalho, antes pelo contrário...

Resta-me então pensar (admito, especular) que as sondagens existem, o problema são os resultados.

16 setembro 2005

Grau zero


O debate entre Carmona Rodrigues e Manuel M. Carrilho não podia ter sido pior.

Carmona não passa de uma versão melhorada de Santana Lopes (digamos que parece menos imbecil), mas desengane-se quem achar que ele consegue aprofundar alguma questão. Carrilho é intratável, birrento e mesquinho; é uma criança mal educada (aliás, pareceu-me ouvi-lo dizer algures "nha-nha-nha, nha").

Pior, ambos sofrem do síndroma "sou-mesmo-engraçado-não-sou?", como o provam as piadinhas básicas constantes, seguidas de um olhar de esguelha para o apresentador a ver se este se riu.

Inacreditável.

Não fossem as respectivas máquinas partidárias a recolher os votos e queria ver como é que, alguma vez na vida, algum destes senhores teria hipótese de ser eleito para gerir o que quer que fosse, ou representar quem quer que seja.

Direito (des)adquirido


Num debate ontem sobre o referendo ao aborto, uma deputada do PS defendia a sua realização porque, entre outras coisas, os portugueses tinham direito a um referendo. Ora, parece-me que há aqui uma pequena confusão de linguagem: de facto, os portugueses tiveram direito a um referendo sobre o aborto mas, como todos nos lembramos, trocaram esse direito por um fim de semana alargado na praia. E, como se tratou de uma troca consciente e voluntária, esgotou-se ali mesmo. Temos pena.

Ao não participarem no referendo, os portugueses devolveram aos deputados o poder que lhes tinha sido oferecido; desta forma, agora é a Assembleia da República quem deve decidir (seja em que sentido for). Convenhamos, é completamente ridículo repetir referendos ad eternum até que um deles seja vinculativo. Os portugueses não só não têm direito a um novo referendo como nem sequer o merecem.

Mesa de mistura (28)




Conhecer Acid House Kings, Sing along with...
Revisitar Richard Ashcroft, Alone with everybody (2000)
Ouvir sempre Nitin Sawhney, Beyond Skin (1999)

P.S. A Mesa de mistura esteve em off durante uma semana devido a problemas com a Telepac, que me impediram de colocar as fotos...

08 setembro 2005

Definição para um país pequeno


Um país pequeno é aquele que faz da implosão de duas torres abandonadas um acontecimento nacional, com transmissão em directo e dezenas de repórteres no local (hum, mesmo a calhar, agora que já se acabaram os fogos!).

Um país muito pequeno é aquele que tem o primeiro-ministro, himself, a presidir à implosão.

02 setembro 2005

Mesa de mistura (27)




Conhecer Death cab for cutie, Plans
Revisitar The Police, Synchronicity (1983)
Ouvir sempre Thievery Corporation, The mirror conspiracy (2000)